Texto e foto: Divulgação/Assessoria ADUA |
Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) rejeitaram a deflagração de greve em Assembleia Geral Descentralizada realizada na tarde desta quinta-feira (9 de maio) por 251 contrários, 155 votos favoráveis e 10 abstenções. O resultado considera as votações realizadas nos seis campi da Ufam localizados nas cidades de Coari, Benjamin Constant, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins.
Em Manaus, 207 docentes votaram contra a deflagração da greve na Ufam, 102 foram favoráveis e 07 se abstiveram-se. No IEAA/Humaitá, foram 27 a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção. Em Coari/ISB, a votação foi de quatro votos a favor, seis contrários e uma abstenção. No ICET/Itacoatiara, o resultado foi de 11 favoráveis, 15 contrários e nenhuma abstenção. No INC/Benjamin Constant, 11 docentes votaram contra a greve, nenhum favorável e nenhuma abstenção. No ICSEZ/Parintins, o resultado ficou em 12 votos contra a greve, 11 a favor e 02 abstenções.
Conjuntura
Até o momento, 50 instituições federais de ensino da base do ANDES-SN estão em greve, sendo 43 universidades, cinco institutos e dois Cefets, e uma outra universidade têm deflagração prevista para 20 de maio, de acordo com as últimas informações do Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN.
As(os) docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) da base do ANDES-SN rejeitaram a proposta apresentada pelo governo, no dia 19 de abril, na Mesa Específica e Temporária da Carreira. A proposta do Executivo era de reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. A ADUA foi uma das seções sindicais a votar “não” em Assembleia Geral realizada no dia 25 de abril.
Após a recusa, o CNG do ANDES-SN apresentou uma nova proposta encaminhada para debate e deliberação da base. Seguem os pontos apresentados:
• Orçamento: Promover luta unitária com outros setores de trabalhadoras(es) e estudantes pela recomposição de investimentos às universidades, institutos federais e Cefets, tomando por parâmetro os investimentos de verbas de uso discricionário de 2016, com as devidas correções inflacionárias, garantindo investimentos em estrutura, permanência estudantil, bolsas de pesquisa e extensão e outras condições indispensáveis à qualidade do trabalho.
• Carreira: Tomada a compreensão de que a majoração dos steps, pura e tão somente, gera mais distorções do que soluções à carreira, haja vista que incide em desenho de carreira desestruturada que merece reorganização estrutural e avaliando que a questão de carreira comporta reflexões e acúmulos de maior fôlego, projetando uma agenda de debates mais extensa sobre a matéria, encaminhamos: a) insistir em uma resposta quanto a reorganização da carreira a partir dos sete pontos costurados com o Sinasefe e estabelecer uma agenda mais alongada sobre o tema; e b) proporcionar uso dos impactos orçamentários pela majoração em 0,5% dos steps na recomposição remuneratória da base da carreira, minorando distorções entre o piso e a base da mesma.
• Recomposição: Manter a defesa do índice de 22,71% como horizonte de recomposição salarial. Reafirmação da necessidade de apresentação de um índice de recomposição em 2024. Acatar o índice apresentado para 2025 (9% em janeiro). Abrir margem de recombinação dos índices, garantindo em 2024, 2025 e 2026 o índice total de 22,71% de recomposição.
• Aposentadoria: Apenas acatar propostas que contemplem a integralidade das(os) servidoras(es), sobretudo aposentadas(os), já negligenciadas(os) na majoração dos benefícios.
• “Revogaço”: Revogação integral e pagamento de perdas retroativas de afetadas(os) pela Instrução Normativa (IN) 66/2022. Revogação integral da Portaria 983/2020, do MEC. Exigir resposta à agenda de “revogaço” na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
campi | a favor | contra | abstenção |
Benjamin Constant/INC | 0 | 11 | 0 |
Coari/ISB | 04 | 06 | 01 |
Humaitá/IEAA | 27 | 0 | 0 |
Itacoatiara/ICET | 11 | 15 | 0 |
Manaus | 102 | 207 | 07 |
Parintins/ICSEZ | 11 | 12 | 02 |
Total: | 155 | 251 | 10 |