Texto: Suelen Gonçalves/ Pawe News |
Fotos: Aguillar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa |
“Vamos virar a chave e alguém vai ter que correr atrás”. Assim Fred Góes, presidente do Boi Garantido, resumiu o espetáculo idealizado pelo bumbá para as três noites de apresentação do 58º Festival de Parintins. Fred ainda fez alusão ao ano de 1999, quando o boi dos perrechés iniciou uma sequência de vitórias.
A prévia das noites foi apresentada nesta quinta-feira (26/06), em coletiva de imprensa no Curral Lindolfo Monteverde, nq Cidade Garantido.
Todos os itens do Boi Garantido estavam presentes, assim como lideranças indígenas e quilombolas, que defenderam a voz ativa em suas representações no Bumbódromo.
Góes disse estar feliz com o que o Garantido preparou e confessou que o tema “Boi do Povo, Boi do Povão” foi incompreendido por alguns componentes do próprio boi e criticado pelo contrário, mas defendeu que o tema retrata a identidade do Garantido.
“Não entenderam e dificilmente vão entender a profundidade desse tema, que vem se sustentando ao longo de mais de 100 anos, e por alguma razão ele existe”, afirma o presidente do Garantido.
Boi do Povo, Boi do Povão
O Garantido abre o Festival de Parintins de 2025 com o subtema “Somos o povo da floresta”, evocando o ritual Tapiraiaura, e buscando a exaltação e visibilidade dos povos negros da Amazônia, sobretudo da Baixa da Xanda, primeiro território quilombola de Parintins.
Para a segunda noite, quando o Boi da Baixa do São José apresenta “Terra Brasileira”, em referência aos patrimônios humanos e diversos do Brasil. Em sua terceira noite, para encerrar o Festival, o Garantido traz o tema “Boi do Brasil”, revisitando as representações que têm no boi um símbolo de manifestação cultural.
O Festival de Parintins inicia nesta sexta e segue até domingo (29/06), a partir das 20h, na Ilha Tupinambarana.
