Automedicação pode maquiar doenças e causar óbito; veja riscos e orientações

Texto e foto: Divulgação /Assessoria |

A automedicação, uma prática cada vez mais comum entre os brasileiros, tem se tornado um problema de saúde pública. Em 2024, o Brasil comemora o marco de 25 anos do Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, estabelecido em 5 de maio de 1999. Esta data especial surgiu após uma série de iniciativas de estudantes de farmácia em diferentes estados do país, em resposta ao crescente problema da automedicação.

Um problema cada vez mais comum nos dias atuais, impulsionado por fatores que vão desde a fácil acessibilidade a medicamentos até a falta de informação sobre os perigos associados a essa prática. Mas embora possa parecer uma solução rápida e adequada para certos sintomas, a automedicação carrega riscos significativos para a saúde do paciente.

Segundo estudo mais recente do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ), até 2022, cerca de 89% dos brasileiros tomavam medicamentos sem a indicação de um profissional. O percentual cresceu desde o levantamento anterior, de 2014, quando o mesmo número era de 76%. As classes de remédios mais usadas, segundo o ICTQ, são: analgésicos: 64%; antigripais: 47%; e relaxantes musculares: 35%.

A Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) afirma que cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente por consequência da automedicação. Supervisora farmacêutica da rede de farmácias Santo Remédio, Maria Eliza Pinheiro destaca os riscos.

“O medicamento é feito para ser tomado no horário correto e em dosagem específica. Quando você faz a automedicação, há três problemas. Você não sabe se é o medicamento correto para você e se a dosagem é a certa para questão de peso, idade, altura. Por último, você pode estar fazendo uma superdose, o que pode levar, inclusive, a óbito, ou uma subdose, que não vai alcançar a cura”, explica ela.

A supervisora da Santo Remédio orienta o que pode ser feito em caso de mal-estar, quando há interesse em fazer uso de medicações. “O correto para você identificar se o medicamento é ideal para a sua condição, é passar com algum profissional da saúde, seja médico, dentista ou farmacêutico, cada qual na sua área, mas que acaba sendo o especialista ideal para te orientar”, orienta Maria Eliza.

Farmácias
A supervisora ressalta ainda que nos sintomas mais corriqueiros, como dor de cabeça, febre ou irritação no sistema digestório após uma refeição, uma opção pode ser procurar um farmacêutico, considerando que esse profissional costuma estar mais próximo da casa do paciente. Além disso, desde a Lei 13.021/2014, as farmácias são consideradas estabelecimentos de assistência à saúde e de orientação sanitária.

“O grande diferencial do farmacêutico vai ser sempre esse. Você tem um profissional de saúde que pode te indicar não só a medicação que não exige prescrição, mas ainda qual profissional você pode buscar no seu caso. Isso porque, muitas pessoas ficam na dúvida sobre qual especialista procurar”, destaca a farmacêutica.

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Jerfferson Coronel

Uns Dos Maiores Jornalista da Nossa região norte.

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